Dias de chuva dentro e fora.
Olho pela janela é me dá uma alegria ver a chuva caindo, porque sinto como se fossem minhas lágrimas ganhando corpo.
Porque não teria tanta água pra chorar por tudo que queria.
Seria bom se tivesse, talvez esse ódio, esse amor, essa melancolia, esse desespero, essa saudade, essa espiritualidade pudessem sair por ai pra virar rio, desaguar no mar.
Mas talvez não sobrasse nada de mim.
Lembrei dessas palavras de Osho:
O Rio
"Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada, os cumes das montanhas,
o longo caminho sinuoso, através de povoados, e vê à sua frente
um oceano tão vasto que, entrar nele, nada mais é do que desaparecer
para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Nem você pode voltar.
Voltar é impossível na existência;
você pode, apenas, ir em frente.
O rio precisa se arriscar e cair no oceano.
E somente quando ele entra no oceano,
o medo desaparece, porque apenas então,
o rio saberá que não se trata de desaparecer
no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro
é uma tremenda ressureição."
2 comentários:
Gostei bastante desse texto. Adicionei teu blog nos favoritos, próxima semana leio alguns outros mais antigos e aí decido se viro leitor fiel (o que é provável)
Obrigada pela visita João, visitei e gostei do seu blog, visitar blog sempre nos traz a magia de imaginar sobre o outro através das palavaras. Espero que volte!
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