Não ando muito animada em escrever não.
Aliás ando é fugindo de transformar em
palavras certos sentimentos e sensações,
e quando as trasformo, to deixando aqui guardadas no íntimo.
Mas voltei hoje pra falar de cotidiano.
Falar de cenas e situações cotidianas é mais fácil,
ou não, quando internalizamos a desgraça de nossos tempos.
Na verdade, estou falando de uma situação que eu, pelo menos,
nunca tinha visto.
E então não sei se é cotidiano, ou se está para se tornar um.
Um homem placa no semáforo. Até ai nada novo.
Mas acho isso horrível. Geralmente esses homens
e mulheres, jovens e até crianças placas são usados
pra fazer propaganda de políticos, imóveis, venda de ouro.
A troco de uma mixaria ficam ali utilizando seus corpos
como mensagem. Prostitutos de um markenting barato.
Por idéias e produtos sem significado para si.
O de hoje agia por causa própria, aqui na cidade de Salvador.
Mas não sei se isso é vantagem.
Trazia a seguinte mensagem:
S.O.S. Preciso de um emprego.
Edvaldo. 8871-8923
( nº fictício aos desavisados)
Que pedido de socorro. Verbalizado na mensagem.
E escancarado no corpo.
Exposto ali, para comentários, piadas, piedade,
oportunidades, quem sabe?
E exposto aqui em meu blog porque,
Edvaldo, eu precisava falar de você,
que mexeu comigo nessa manhã de hoje.
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